TEXTO ÁUREO
"E ele lhes disse: Qual
era o trajo do homem que vos veio ao encontro e vos falou estas palavras? E
eles lhe disseram: Era um homem vestido de pelos e com os lombos cingidos de um
cinto de couro. Então, disse ele: É Elias, o tisbita" (2 Rs 1.7,8).
VERDADE PRÁTICA
A vida de Elias é uma história de fé e coragem. Ela revela como
DEUS soberanamente escolhe pessoas simples para torná-las gigantes espirituais.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – 1 Rs 18.36 O DEUS de Elias
Terça – 1 Rs 18.41-45 A fé de Elias
Quarta – 1 Rs 17.1 A vocação de Elias
Quinta – 2 Rs 9.35,36 A natureza do ministério de Elias
Sexta – 1 Rs 18.18 A função social do profeta Elias
Sábado – Mt 17.10-13 O lugar de Elias nas Escrituras
PALAVRA-CHAVE - VOCAÇÃO: ESCOLHA - CHAMAMENTO - DISPOSIÇÃO
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Reis 17.1-7
1 Então, Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a
Acabe: Vive o SENHOR, Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos
nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra. 2 Depois, veio a
ele a palavra do SENHOR, dizendo: 3 Vai-te daqui, e vira-te para o oriente, e
esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão. 4 E há de
ser que beberás do ribeiro; e eu tenho ordenado aos corvos que ali te
sustentem. 5 Foi, pois, e fez conforme a palavra do SENHOR, porque foi e
habitou junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão. 6 E os corvos
lhe traziam pão e carne pela manhã, como também pão e carne à noite; e bebia do
ribeiro. 7 E sucedeu que, passados dias, o ribeiro se secou, porque não tinha
havido chuva na terra.
Observações minhas:
DEUS usa homens que não se misturam e nem seguem os padrões do
mundo
Elias era um professor de profetas na escola de profetas que
diferenciava muito de nossas EBD’s pois ali se estudava a palavra de DEUS, mas
também se jejuava muito, se orava muito e se buscava a comunhão e a intimidade
com DEUS.
Não existe presença de DEUS sem sacrifício.
Não se ministra milagres e nem se confia na confirmação de DEUS
de nosso ministério sem os três ingredientes principais de um verdadeiro
profeta de DEUS - Jejum, oração, estudo da Palavra de DEUS.
Elias dava a impressão de viver separado da sociedade, mas não é
verdade, Elias era super conhecido pelos alunos da escola de profetas e por Acabe
e Jezabel, era conhecido e reconhecido por todos como profeta de DEUS. Não
participar de festas e nem de reuniões com descrentes ou com apóstatas é
importante para que se possa ser um legítimo instrumento de DEUS.
A Igreja tem colocado seus profetas em último lugar no
ministério, tem procurado calar a voz de DEUS no meio da Igreja, principalmente
por temer a revelação das falcatruas ocultas de seus líderes e também não são
reconhecidos para que não sejam sustentados pela Igreja.
Na época de Elias o governo gastava fortuna para sustentar seus
400 profetas de baal e mais uma multidão de profetas de Asera e de outros
deuses como Moloque. O dinheiro que vinha de impostos estava sendo usado para
financiar a religião oficial do governo (Acabe e Jezabel) e não para ajudar aos
pobres e necessitados.
16.7 O PROFETA JEÚ. Quando o povo de DEUS, a começar dos
líderes, abandonou o caminho do Senhor e adotou os caminhos pecaminosos dos
cananeus, DEUS enviou-lhe profetas para lhe proclamar a sua verdade e justiça.
Os profetas do Senhor são também uma necessidade hoje.
16.30 ACABE. O pecado e a iniquidade avolumaram-se cada vez mais
no reinado de Acabe. Imperavam a rebeldia insolente e a dureza de coração
contra os mandamentos de DEUS. Cresceu a adoração a Baal. Diante de tal
apostasia, DEUS enviou o poderoso profeta Elias a Israel, para lutar contra
esse sistema religioso corrupto e proclamar o propósito de DEUS para o seu
reino (17.1)
ELIAS.
Elias foi profeta do Reino do Norte, nos reinados de Acabe e do
seu filho Acazias. O nome Elias, que significa "o Senhor é meu DEUS",
fala da convicção inabalável que destacou esse profeta (18.21,39). Os fatos
principais da sua vida acham-se em 1 Rs 17-19; 21.17-29; 2 Rs 1-2.
(1) A vida de Elias girou em torno do conflito entre a religião
do Senhor e a religião de Baal. Sua missão era levar os israelitas a
reconhecerem sua apostasia e reconduzi-los à fidelidade ao DEUS de Israel
(18.21,36,37). Elias era pois um restaurador e um reformador, empenhado em
restabelecer o concerto entre DEUS e Israel.
(2) O AT no seu final, registra a profecia que Elias reaparecerá
"antes que venha o dia grande e terrível do SENHOR" (Ml 4.5); esta
profecia cumpriu-se parcialmente em João Batista (Mt 11.7-14; Lc 1.17) e poderá
ter um cumprimento futuro antes da volta de CRISTO (cf. Mt 17.11; Ap 11.3-6;
ver Ap 11.3).
(3) A fidelidade inabalável de Elias a DEUS e ao seu concerto,
faz dele para todo o sempre, um exemplo de fé, destemor e lealdade a DEUS, ante
intensa oposição e perseguição, e um exemplo de resoluta persistência em
opor-se às falsas religiões e aos falsos profetas.
Em 1Rs 17.1 NEM ORVALHO NEM CHUVA HAVERÁ. Elias, na qualidade de
mensageiro de DEUS, pronunciou uma palavra de juízo da parte do Senhor contra a
nação rebelde de Israel. DEUS ia reter a chuva durante três anos e meio (cf. Dt
11.13-17). Esse juízo humilhava Baal, pois seus adoradores criam que ele
controlava a chuva e que era responsável pela abundância nas colheitas. O NT
declara que essa seca em Israel resultou das ferventes orações de Elias (Tg
5.17).
Em 1Rs 17.4 EU TENHO ORDENADO AOS CORVOS QUE ALI TE SUSTENTEM.
DEUS sustentou Elias junto ao ribeiro Querite, porque esse profeta tomara
posição firme ao lado de DEUS contra a apostasia do povo (vv. 3-7; cf. Sl
25.10). Assim, como Elias sustentou a luta pela causa de DEUS, o Senhor
cuidaria agora da sua causa, i.e., sua subsistência (cf. Sl 68.19,20).
Em 1Rs17.7 O RIBEIRO SE SECOU. Quando o ribeiro se secou, DEUS
dirigiu Elias a ir a uma terra pagã, habitada por adoradores de Baal, e ali
DEUS o sustentou através de uma viúva pobre (v. 9). Tal experiência reforçou
ainda mais a confiança que Elias tinha na providência divina. Às vezes nos
surgem adversidades, mesmo quando estamos na vontade de DEUS. Em meio a
experiências deste tipo, DEUS poderá nos assistir de uma maneira diferente e
maravilhosa, além do que podemos esperar.
Em 1Rs 17.15 E ASSIM COMEU ELA... E A SUA CASA MUITOS DIAS. DEUS
estava atento às necessidades e aflições de uma viúva pobre. Ele enviou Elias
para fortalecer-lhe a fé e trazer-lhe bênçãos materiais no momento em que ela
julgava que tudo estava perdido (v. 12). A fé que essa viúva tinha em DEUS e na
sua palavra, através do profeta Elias, levou-a a permutar o certo pelo incerto,
e o visível pelo invisível (vv. 10-16; cf. Hb 11.27). A viúva crente recebeu do
profeta de DEUS, não somente uma bênção material, como também uma bênção
espiritual.
Em 1Rs 17.17 O FILHO... NELE NENHUM FÔLEGO FICOU. Aqui ficamos
perplexos ante um dos mistérios mais intrincados da vida. Precisamente no
momento em que DEUS, por um milagre, estava a prover farinha e azeite, surgiram
aflição e tristeza. Às vezes, enfermidade ou tragédia ainda maior pode ocorrer
à quem está fazendo a vontade de DEUS e grandemente ocupado na obra do seu
reino.
Em 1Rs 17.22 O SENHOR OUVIU A VOZ DE ELIAS. DEUS restaurou a
vida do menino em resposta à oração de Elias. Este é o primeiro caso bíblico de
alguém ressuscitado dentre os mortos (2 Rs 4.34; At 20.10). Os três milagres
relatados no cap. 17 manifestam notavelmente a glória e o amor de DEUS.
Demonstraram a Elias e à viúva que, no meio de circunstâncias trágicas, o poder
e o amor de DEUS estão em evidência a favor daqueles que o amam e que são
chamados segundo o seu propósito (ver Rm 8.28).
Em 1 Rs 18.18 DEIXASTES OS MANDAMENTOS DO SENHOR. O modo
corajoso de Elias falar a Acabe e denunciar a impiedade de Israel fez dele um
profeta exemplar, e a pessoa mais qualificada para ser o protótipo do precursor
do Senhor JESUS CRISTO (cf. Ml 4.5,6; Lc 1.17). (1) Era um verdadeiro
"homem de DEUS" (17.24), que falava, não para agradar às multidões,
mas como um servo fiel de DEUS (cf. Gl 1.10; 1 Ts 2.4; ver Lc 1.17). (2) Assim
como Elias foi chamado para mostrar quem é o verdadeiro DEUS de Israel, todos
os ministros do novo concerto são chamados para defender o evangelho de CRISTO
contra distorções, transigência com o mal e desvio doutrinário (ver Fp 1.17; Jd
v. 3).
Em 1 Rs 18.21 SE O SENHOR É DEUS, SEGUI-O. Elias desafiou o povo
a fazer uma escolha definitiva entre seguir a DEUS ou a Baal (cf. Ez 20.31,39).
Os israelitas achavam que podiam adorar o DEUS verdadeiro e também Baal. O
pecado deles era o de terem o coração dividido (cf. Dt 6.4,5), querendo servir
a dois senhores. O próprio CRISTO advertiu contra essa atitude fatal (Mt 6.24;
cf. Dt 30.19; Js 24.14,15).
Em 1 Rs 18.27 ELIAS ZOMBAVA DELES. Elias ao zombar dos profetas
de Baal, revela sua ardente indignação ante a idolatria imoral e vil que Israel
adotara. Sua ironia e sua atitude intransigente, expressavam sua inalterável
lealdade ao DEUS, a quem ele amava e servia. Compare a reação de Elias com a
ira e determinação de JESUS, ante a profanação do templo (ver Lc 19.45).
Em 1 Rs 18.36 ELIAS... DISSE: Ó SENHOR, DEUS DE ABRAÃO. A
coragem e a fé patentes em Elias não têm paralelo em toda a história da
redenção. Seu desafio ao rei (vv. 16-19), sua repreensão a todo o Israel (vv.
21-24) e seu confronto com os 450 profetas de Baal (vv. 19, 22) foram embates
que ele os enfrentou dispondo apenas das armas da oração e da fé em DEUS. Vemos
sua confiança em DEUS na brevidade e simplicidade da sua oração (41 palavras em
hebraico), (vv. 36,37)
Em 1 Rs 18.37 TU FIZESTE TORNAR O SEU CORAÇÃO PARA TRÁS. O
propósito de Elias no seu confronto com os profetas de Baal, e a oração que se
seguiu, foi revelar a graça de DEUS para com o seu povo. Elias queria que o
povo se voltasse para DEUS (v. 37). Semelhantemente, João Batista, o
"Elias" do NT (ver 17.1), tinha como alvo levar muitos a buscarem a
DEUS, como preparação para o advento de CRISTO.
Em 1 Rs 18.38 ENTÃO, CAIU FOGO DO SENHOR. O Senhor
milagrosamente produziu fogo para consumir o sacrifício de Elias (cf. 1 Cr
21.26; 2 Cr 7.1). Esse milagre vindicou Elias como profeta de DEUS e comprovou
que somente o Senhor de Israel era o DEUS vivo, a quem deviam servir. De modo
semelhante, o crente deve orar, com fé, pela manifestação divina em seu meio,
mediante o ESPÍRITO SANTO (ver 1 Co 12.4-11; 14.1-40).
Em 1 Rs 18.40 E ALI OS MATOU. Note os seguintes fatos a respeito
da matança dos profetas de Baal: (1) A sentença de morte contra eles era justa,
pois foi executada em obediência à lei de Moisés (Dt 13.6-9; 17.2-5). O NT não
contém qualquer mandamento similar. Ele proíbe a ação repressora contra os
falsos mestres (Mt 5.44), embora DEUS ordene a sua rejeição e, que nos
separemos deles (Mt 24.23,24; 2 Co 6.14-18; Gl 1.6-9; 2 Jo.7-11; Jd.3,4)(2) A
ação de Elias contra os falsos profetas de Baal representava a ira de DEUS
contra os que tentavam destruir a fé do seu povo escolhido, e privá-lo das
bênçãos divinas, e também expressava o amor e a lealdade do próprio Elias por
seu Senhor. (3) A destruição dos falsos profetas por Elias manifestava, também,
profunda preocupação pelos próprios israelitas, uma vez que estavam sendo
destruídos espiritualmente pela falsa religião de Baal. JESUS manifestou
idêntica atitude (Mt 23; Lc 19.27), assim como também o apóstolo Paulo (Gl
1.6-9; ver Gl 1.9). Note, ainda, que a ira de DEUS será derramada sobre todos
os rebeldes e impenitentes "no dia da ira e da manifestação do juízo de DEUS"
(Rm 2.5; cf. 11.22; Ap 19.11-21; 20.7-10).
Em 1 Rs 18.42 ELIAS... METEU O SEU ROSTO ENTRE OS SEUS JOELHOS.
De Elias, o NT cita sua fé e oração perseverante como exemplo e estímulo para o
povo salvo, no tocante ao poder da oração (Tg 5.18). A oração de Elias era: (1)
a oração de um justo (Tg 5.16; cf. Sl 66.18), (2) a oração de um homem, de
natureza humana semelhante à nossa (Tg 5.17), (3) a oração da fé, sincera e
persistente (vv. 18.42-44; Tg 5.17; cf. Mt 21.21,22; Mc 9.23; Lc 18.1; Ef 6.18;
Hb 11.6), e (4) a oração de muita eficácia (v. 45; Tg 5.16,17)
Em 1 Rs 18.43 TORNA LÁ SETE VEZES. O número sete nas Escrituras,
simboliza algo integral e completo. Neste capítulo Elias entregou-se a uma
intercessão completa, sob três aspectos: (1) intercedeu para restaurar o altar
e a honra de DEUS na terra (vv. 21,24,30-39); (2) intercedeu, travando uma
guerra espiritual contra a falsa religião e culto de Baal e Asera (vv.
19,27,40); e (3) intercedeu com DEUS, em oração intensa e persistente,
suplicando chuva copiosa (vv. 41-46). Visto que o AT compara o derramamento do
ESPÍRITO com o derramamento de chuva (e.g., Os 6.1-3; Jl 2.23-29), o confronto
de Elias com o baalismo ilustra os três tipos principais de intercessão que
devem caracterizar a oração intercessória do povo de DEUS: (1) intercessão pela
restauração da glória e honra de DEUS e por um avivamento espiritual entre o
seu povo; (2) intercessão pela guerra espiritual contra as fortalezas
demoníacas; e (3) intercessão pela sequidão espiritual, para que ela seja
tragada pelo derramamento do ESPÍRITO de DEUS e pelo despertamento espiritual.
Em 1 Rs 19.3 ELE [ELIAS], SE LEVANTOU, E, PARA ESCAPAR COM VIDA,
SE FOI. À expressão da fé de Elias, e às suas vitórias sobrenaturais, no cap.
18, seguiram-se o medo, a fuga para salvar a vida e o desânimo, tudo resultando
do propósito de Jezabel de destruir a vida do profeta (v. 2). (1) Posto que
Elias não recebera nenhuma mensagem do Senhor para permanecer em Jezreel, sua
presença ali significava arriscar desnecessariamente a sua vida (cf. 18.1).
Seguiu então para o monte Horebe (i.e., o monte Sinai). (2) A retirada forçada
de Elias para o território de Judá e o deserto é um exemplo daqueles que
"por causa da justiça" (ver Mt 5.10) são maltratados e forçados a andar
errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra (Hb
11.37,38). De maneira semelhante a Elias, há profetas que tiveram de deixar
suas igrejas; pregadores, os seus púlpitos; professores, as suas salas de aula;
e leigos, os seus empregos; por se posicionarem contra o pecado, por falarem
segundo a Palavra de DEUS, e seguirem o caminho da justiça, por amor do nome de
DEUS. Grande é o seu galardão no céu (Mt 5.10-12).
Em 1 Rs 19.4 TOMA AGORA A MINHA VIDA. Elias tomado de cansaço,
desânimo, tristeza, orou pedindo a DEUS que Ele o dispensasse do pesado
ministério profético e o deixasse partir para o descanso celestial. (1) Os
sentimentos de Elias não eram muito diferentes dos do (a) apóstolo Paulo,
quando afirmou ter "desejo de partir e estar com CRISTO" (Fp 1.23),
ou (b) dos heróis da fé, que "desejam uma [pátria] melhor, isto é, a
celestial" (Hb 11.16; ver também Moisés, em Nm 11.15). (2) Algumas das
razões de estar Elias profundamente desanimado. (a) Aparente fracasso: ele
esperava a conversão de todo o Israel, e possivelmente, até mesmo de Jezabel;
mas agora, pelo contrário, tinha que fugir para salvar sua vida. A esperança, a
labuta e o esforço da sua vida inteira findavam agora em fracasso, conforme
parecia (vv. 1-4). (b) Solidão: julgava ser ele o único que batalhava pela
verdade e justiça de DEUS (v. 10; cf. Paulo, 2 Tm 4.16). (c) Exaustão física
depois de uma longa e árdua viagem (vv. 3,4; 18.46).
Em 1 Rs 19.5 UM ANJO O TOCOU. DEUS cuidou do desalentado Elias
de modo compassivo e amorável (Hb 4.14,15). (1) Permitiu que Elias dormisse
(vv. 5,6). (2) Fortaleceu-o com alimentos (vv. 5-7). (3) Propiciou-lhe uma
revelação inspiradora do seu poder e presença (vv. 11-13). (4) Concedeu-lhe
nova revelação e orientação (vv. 15-18). (5) Deu-lhe um companheiro fiel e
fraterno (vv. 16,19-21). Noutras palavras, quando o filho de DEUS enfrenta o
desânimo, no desempenho que DEUS lhe confiou, ele pode suplicar a DEUS, em nome
de CRISTO, que lhe dê força, graça e coragem, e os capacite diante de tais
situações (Hb 2.18; 3.6; 7.25).
Em 1 Rs 19.8 QUARENTA DIAS E QUARENTA NOITES. Alguns consideram
o jejum aqui mencionado, bem como o de Moisés (Êx 34.28) e o de JESUS (Mt 4.2),
como casos de jejuns prolongados. Porém, os casos acima não são de jejum no
sentido comum. Moisés, na presença de DEUS e envolvido na nuvem, foi sustentado
de modo sobrenatural. Elias foi alimentado duas vezes de modo sobrenatural, o
que lhe propiciou forças durante quarenta dias (vv. 6-8). JESUS foi levado pelo
ESPÍRITO ao deserto, e não sentiu fome a não ser depois de quarenta dias (ver
Mt 4.2; 6.16).
Em 1 Rs 19.11,12 EIS QUE PASSAVA O SENHOR. Para animar Elias e
fortalecer a sua fé, DEUS o visitou no monte Horebe (i.e., o monte Sinai, o
monte da revelação). Essa visitação foi acompanhada de um forte vendaval, um
terremoto e fogo, mas o Senhor não estava em nenhuma dessas coisas. Pelo
contrário, a revelação de DEUS veio através de "uma voz mansa e
delicada". Elias pôde ver que a obra de DEUS avança e prossegue, "não
por força, nem por violência, mas pelo meu ESPÍRITO, diz o SENHOR dos
Exércitos" (Zc 4.6). De modo algum, DEUS abandonara seu profeta, nem o seu
povo fiel. Pelo seu ESPÍRITO e pela palavra eterna, Ele traria a redenção, a
justiça e a salvação eternas.
Em 1 Rs 19.16 A ELISEU... UNGIRÁS PROFETA. DEUS mandou Elias
ungir Eliseu como seu sucessor. Note que não somente sacerdotes e reis eram
ungidos para seus respectivos cargos, mas também profetas, Eliseu iria (1)
auxiliar Elias, (2) auxiliar Hazael, rei da Síria, e Jeú, rei de Israel, a
derrotar os inimigos de DEUS (vv. 16,17), e (3) proclamar a palavra de DEUS ao
remanescente fiel (v. 18). Os ministérios de Elias e Eliseu abrangeram um
período de 75 anos (875-800 a.C., durante os reinados de Acabe, Acazias, Jorão,
Jeú, Jeoacaz e Jeoás). Eliseu foi um fiel servidor do profeta ancião e ficou
conhecido como aquele "que deitava água sobre as mãos de Elias" (2 Rs
3.11).
Em 1 Rs 19.18 EM ISRAEL SETE MIL. Os sete mil de Israel, que não
dobraram os joelhos a Baal, são parte dos fiéis sofredores, em todas as
gerações, livres de apostasia, de transigência com o erro e de mundanismo entre
o povo de DEUS, e que perseveram no amor, na fé e na obediência a DEUS e à sua
Palavra. São os que fogem dos maus caminhos do mundo, que lavaram as suas
vestes e as embranqueceram no sangue do Cordeiro (Ap 7.14), que são perseguidos
por amor à justiça (Mt 5.10) e que permanecem firmemente no caminho estreito
(Mt 7.14). Do começo ao fim das Escrituras, é o remanescente fiel e vencedor
que é conhecido pelo Senhor (2 Tm 2.19). DEUS promete guardar esse remanescente
leal, pelo seu poder, através da fé (1 Pe 1.5), e o Cordeiro os conduzirá ao
lar celestial (Ap 7.17).
Em 1Rs 20.35 FILHOS DOS PROFETAS. Trata-se dos discípulos dos
profetas, que eram ensinados pelos profetas de mais idade e de renome, tais
como Eliseu (cf. 2 Rs 2.3,5,7,15; 4.1,38; 5.22; 6.1; 9.1). Eles estavam sempre
com o profeta-dirigente, opunham-se à adoração a Baal e promoviam a obediência
e fidelidade ao Senhor DEUS. Eles profetizavam mediante o poder do ESPÍRITO e,
deste modo, tornaram-se conhecidos.
Em 1Rs 21.17 VEIO A PALAVRA DO SENHOR A ELIAS. DEUS abomina a
injustiça cometida pelo seu povo, uns contra os outros. Pela morte de Nabote, o
inocente, Acabe e Jezabel iam sofrer as conseqüências (vv. 17-29). O princípio
divino da retribuição e da justiça continua no novo concerto. Paulo, por
exemplo, declara que "quem fizer agravo [a outra pessoa] receberá o agravo
que fizer; pois não há acepção de pessoas " (ver Cl 3.25). Os crentes
devem se tratar com retidão, sinceridade e misericórdia (Mq 6.8; Cl 4.1; cf. Gl
6.7).
Em 1Rs 21.19 OS CÃES LAMBERÃO O TEU SANGUE. Essa profecia de
Elias foi cumprida quando Acabe foi morto na batalha e os cães lamberam o seu
sangue, ao ser lavado o seu carro, no qual ele morreu (22.35,38). Os filhos de
Acabe também morreram de modo violento: Acazias morreu de uma queda (2 Rs
1.2,17); Jeorão foi morto por Jeú, e seu corpo foi jogado no terreno de Nabote
(2 Rs 9.22-26). A esposa de Acabe, Jezabel, também teve uma morte violenta (2
Rs 9.30-37).
Em 2Rs 1.8 UM HOMEM VESTIDO DE PÊLOS. Esta descrição de Elias
destaca o seu manto felpudo, de pele de ovelha, cabra, ou de pêlo de camelo,
que era um distintivo do cargo profético a partir de Eliseu, inclusive João
Batista (Zc 13.4; Mt 3.4; Hb 11.37). O cinto largo de couro que Eliseu usava,
era do tipo normalmente usado pelos pobres. O modo do profeta vestir-se era um
sinal de indiferença pela ostentação materialista da classe rica (cf. Is 20.2;
Mt 11.7,8).
Em 2Rs 1.10 FOGO DESCEU DO CÉU. O rei e seus soldados, em
rebelião contra DEUS e sua palavra, tentaram prender Elias. Fogo desceu
diretamente da parte de DEUS (v. 12), como um julgamento contra Acazias, que
obstinadamente persistia em opor-se a DEUS e ao seu profeta.
Em 2Rs 2.3 FILHOS DOS PROFETAS. Os filhos dos profetas (ver 1 Rs
20.35) pelo que parece, concentravam-se em três locais principais: Gilgal,
Betel e Jericó (2.3,5,15; 4.38). DEUS, por certo, enviou Elias a esses locais a
fim de encorajá-los pela última vez e lhes anunciar que Eliseu seria o seu novo
dirigente (vv. 1,15).
Em 2Rs 2.9 PORÇÃO DOBRADA DE TEU ESPÍRITO. Eliseu estava pedindo
que seu pai espiritual lhe conferisse uma medida abundante do seu ESPÍRITO
profético, para, deste modo, ele executar a missão de Elias. DEUS atendeu ao
pedido de Eliseu, sabendo que o jovem profeta estava disposto a permanecer fiel
a Ele, apesar de toda a apostasia espiritual, moral e doutrinária a seu redor.
Em 2Rs 2.11,12 UM CARRO DE FOGO, COM CAVALOS DE FOGO. Elias foi
levado ao céu assim como Enoque (Gn 5.24), sem experimentar a morte. (1) O
traslado milagroso de Elias ao céu foi o selo divino da aprovação com destaque,
da obra, caráter e ministério desse profeta. Elias permanecera em tudo fiel à
palavra de DEUS no decurso de todo o seu ministério. Até ao último momento,
vivera em prol da honra de DEUS, tomara posição firme contra o pecado e a
idolatria de um povo apóstata e despertara o remanescente fiel de Israel. Teve
uma comitiva magnífica para conduzi-lo em triunfo ao céu. (2) A trasladação de Enoque
e de Elias assemelha-se ao arrebatamento futuro do povo fiel de DEUS, à segunda
vinda de CRISTO (1 Ts 4.16,17).
Em 2Rs 2.23 ZOMBAVAM DELE. Alguns supõem que esses rapazes, que
zombavam de Eliseu, faziam parte de um bando organizado que se opunha ao seu
ministério. Embora a palavra hebraica na'ar seja termo genérico para
"rapaz" e seja freqüentemente aplicada a jovens maiores (cf. Gn 22.5;
41.12), o texto hebraico aqui é na'arim qatanim ("rapazes pequenos").
Os moços de mais idade estariam, sem dúvida, ocupados nos campos. Mas, como
acontece ainda hoje, esse forasteiro entrando na aldeia, atraiu um grupo de
meninos, que talvez tinham ouvido seus pais rirem da notícia que Elias subira
ao céu, possívelmente dizendo: Se Eliseu afirma isso, que então ele mostre como
é feito e que ele, o velho calvo, suba também. Essa zombaria contra o profeta
era um desdém pelo seu Senhor (cf. Ez 16.8; At 5.4).
Em 2Rs 2.24 E OS AMALDIÇOOU NO NOME DO SENHOR. Para desagravar a
honra do Senhor, Eliseu pronunciou contra eles um julgamento divino, formulado
na lei da bênção e da maldição, segundo o concerto (Lv 26.21,22; Dt 30.19). O
próprio DEUS julgou aquelas crianças degeneradas, enviando-lhes duas ursas (Gl
6.7). O julgamento em Betel foi uma advertência a Israel de que as maldições de
DEUS segundo o concerto seriam a sua parte, se aquele povo persistisse em
rebeldia contra DEUS (Dt 30.15-20). Note que as ursas feriram as crianças mas,
segundo parece, não as mataram.
O PROFETA NO ANTIGO TESTAMENTO
Is 6.8,9 “Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A
quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então, disse eu: Eis-me aqui, envia-me
a mim . Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não
entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis.”
O LUGAR DOS PROFETAS NA HISTÓRIA DE HEBREUS. (1) Os
profetas do AT eram homens de DEUS que, espiritualmente, achavam-se muito acima
de seus contemporâneos. Nenhuma categoria, em toda a literatura,
apresenta um quadro mais dramático do que os profetas do AT. Os sacerdotes, juízes,
reis, conselheiros e os salmistas, tinham cada um, lugar distintivo na história
de Israel, mas nenhum deles, logrou alcançar a estatura dos profetas, nem
chegou a exercer tanta influência na história da redenção. (2) Os profetas
exerceram considerável influência sobre a composição do AT. Tal fato fica
evidente na divisão tríplice da Bíblia hebraica: a Torá, os Profetas e os
Escritos (cf. Lc 24.44). A categoria dos profetas inclui seis livros
históricos, compostos sob a perspectiva profética: Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel,
1 e 2 Reis. É provável que os autores desses livros fossem profetas. Em
segundo lugar, há dezessete livros proféticos específicos (Isaías até
Malaquias). Finalmente, Moisés, autor dos cinco primeiros livros da Bíblia (a
Torá), era profeta (Dt 18.15).
Sendo assim, dois terços do AT, no mínimo, foram escritos
por profetas.
PALAVRAS HEBRAICAS APLICADAS AOS PROFETAS.
(1) Ro’eh. Este substantivo, traduzido por “vidente”, em
português, indica a capacidade especial de se ver na dimensão espiritual e
prever eventos futuros. O título sugere que o profeta não era enganado pela
aparência das coisas, mas que as via conforme realmente eram — da
perspectiva do próprio DEUS. Como vidente, o profeta recebia sonhos, visões e
revelações, da parte de DEUS, que o capacitava a transmitir suas realidades
ao povo.
(2) Nabi’. (a) Esta é a principal palavra hebraica para
“profeta”, e ocorre 316 vezes no AT. Nabi’im é sua forma no plural. Embora a
origem da palavra não seja clara, o significado do verbo hebraico “profetizar”
é: “emitir palavras abundantemente da parte de DEUS, por meio do ESPÍRITO
de DEUS” (Gesenius, Hebrew Lexicon). Sendo assim, o nabi’ era o porta-voz que
emitia palavras sob o poder impulsionador do ESPÍRITO de DEUS. A palavra
grega prophetes, da qual se deriva a palavra “profeta” em português, significa
“aquele que fala em lugar de outrem”. Os profetas falavam, em lugar de DEUS, ao
povo do concerto, baseados naquilo que ouviam, viam e recebiam da parte
dEle. (b) No AT, o profeta também era conhecido como “homem de DEUS” (ver 2Rs
4.21), “servo de DEUS” (cf. Is 20.3; Dn 6.20), homem que tem o ESPÍRITO de DEUS
sobre si
(cf. Is 61.1-3), “atalaia” (Ez 3.17), e “mensageiro do
Senhor” (Ag 1.13). Os profetas também interpretavam sonhos (e.g., José, Daniel)
e interpretavam a história — presente e futura — sob a perspectiva divina.
HOMENS DO ESPÍRITO E DA PALAVRA. O profeta não era
simplesmente um líder religioso, mas alguém possuído pelo ESPÍRITO de DEUS (Ez
37.1,4). Pelo fato do ESPÍRITO e a Palavra estarem nele, o profeta do AT
possuía estas três características:
(1) Conhecimentos divinamente revelados. Ele recebia
conhecimentos da parte de DEUS no tocante às pessoas, aos eventos e à verdade
redentora. O propósito primacial de tais conhecimentos era encorajar o
povo a permanecer fiel a DEUS e ao seu concerto. A característica
distintiva da profecia, no AT, era tornar clara a vontade de DEUS ao povo
mediante a instrução, a correção e a advertência. O Senhor usava os profetas
para pronunciarem o seu juízo antes de este ser desferido. Do solo da
história sombria de Israel e de Judá, brotaram profecias específicas a respeito
do Messias e do reino de DEUS, bem como predições sobre os eventos
mundiais que ainda estão por ocorrer.
(2) Poderes divinamente outorgados. Os profetas eram
levados à esfera dos milagres à medida que recebiam a plenitude do ESPÍRITO de
DEUS. Através dos profetas, a vida e o poder divinos eram demonstrados de
modo sobrenatural diante de um mundo que, doutra forma, se fecharia à dimensão
divina.
(3) Estilo de vida característico. Os profetas, na sua
maioria, abandonaram as atividades corriqueiras da vida a fim de viverem
exclusivamente para DEUS. Protestavam intensamente contra a idolatria, a
imoralidade e iniqüidades cometidas pelo povo, bem como a corrupção
praticada pelos reis e sacerdotes. Suas atividades visavam mudanças santas e
justas em Israel. Suas investidas eram sempre em favor do reino de DEUS e de
sua justiça. Lutavam pelo cumprimento da vontade divina, sem levar em conta os
riscos pessoais.
OITO CARACTERÍSTICAS DO PROFETA DO ANTIGO TESTAMENTO. Que
tipo de pessoa era o profeta do AT?
(1) Era alguém que tinha estreito relacionamento com DEUS,
e que se tornava confidente do Senhor (Am 3.7). O profeta via o mundo e o povo
do concerto sob a perspectiva divina, e não segundo o ponto de vista
humano.
(2) O profeta, por estar próximo de DEUS, achava-se em
harmonia com DEUS, e em simpatia com aquilo que Ele sofria por causa dos
pecados do povo. Compreendia, melhor que qualquer outra pessoa, o
propósito, vontade e desejos de DEUS. Experimentava as mesmas reações de
DEUS. Noutras palavras, o profeta não somente ouvia a voz de DEUS, como também
sentia o seu coração (Jr 6.11; 15.16,17; 20.9).
(3) À semelhança de DEUS, o profeta amava profundamente o
povo. Quando o povo sofria, o profeta sentia profundas. Ele almejava para
Israel o melhor da parte de DEUS (Ez 18.23). Por isso, suas mensagens
continham, não somente advertências, como também palavras de esperança e consolo.
(4) O profeta buscava o sumo bem do povo, i.e., total
confiança em DEUS e lealdade a Ele; eis porque advertia contra a confiança na
sabedoria, riqueza e poder humanos, e nos falsos DEUSes (Jr 8.9,10; Os
10.13,14; Am 6.8). Os profetas continuamente conclamavam o povo a viver à
altura de suas obrigações conforme o seu concerto estabelecido com DEUS, para
que viesse a receber as bênçãos da redenção.
(5) O profeta tinha profunda sensibilidade diante do
pecado e do mal (Jr 2.12,13, 19; 25.3-7; Am 8.4-7; Mq 3.8). Não tolerava a
crueldade, a imoralidade e a injustiça. O que o povo considerava leve desvio da
Lei de DEUS, o profeta interpretava, às vezes, como funesto. Não podia
suportar transigência com o mal, complacência, fingimento e desculpas do povo
(32.11; Jr 6.20; 7.8-15; Am 4.1; 6.1). Compartilhava, mais que qualquer
outra pessoa, do amor divino à retidão, e do ódio que o Senhor tem à iniquidade
(cf. Hb 1.9).
(6) O profeta desafiava constantemente a santidade
superficial e oca do povo, procurando desesperadamente encorajar a obediência
sincera às palavras que DEUS revelara na Lei. Permanecia totalmente dedicado
ao Senhor; fugia da transigência com o mal e requeria fidelidade integral
a DEUS. Aceitava nada menos que a plenitude do reino de DEUS e a sua justiça,
manifestadas no povo de DEUS.
(7) O profeta tinha uma visão do futuro, revelada em
condenação e destruição (e.g., 63.1-6; Jr 11.22,23; 13.15-21; Ez 14.12-21; Am
5.16-20,27, bem como em restauração e renovação (e.g., 61– 62;
65.17–66.24; Jr 33; Ez 37). Os profetas enunciaram grande número de
profecias acerca da vinda do Messias.
(8) Finalmente, o profeta era, via de regra, um homem
solitário e triste (Jr 14.17,18; 20.14-18; Am 7.10-13; Jn 3– 4), perseguido
pelos falsos profetas que prediziam paz, prosperidade e segurança para o povo
que se achava em pecado diante de DEUS (Jr 15.15; 20.1-6; 26.8-11; Am
5.10; cf. Mt 23.29-36; At 7.51-53). Ao mesmo tempo, o profeta verdadeiro era
reconhecido como homem de DEUS, não havendo, pois, como ignorar o seu
caráter e a sua mensagem.
O PROFETA E O SACERDOTE. Durante a maior parte da história de
Israel, os sacerdotes e profetas, constantemente, entravam em conflito. O plano
de DEUS era que houvesse cooperação entre eles, mas os sacerdotes tendiam
a aderir ao liberalismo e deixavam de protestar contra a decadência do povo de
DEUS. (1) Os sacerdotes muitas vezes concordavam com a situação anormal
reinante, e sua adoração a DEUS resumia-se em cerimônias e liturgia.
Embora a moralidade ocupasse um lugar formal na sua teologia, não era
enfatizada por eles na prática. (2) O profeta, por outro lado, ressaltava
fortemente o modo de vida, à conduta, e as questões morais. Repreendiam
constantemente os que apenas cumpriam com os deveres litúrgicos. Irritava, importunava,
denunciava, e sem apoio humano defendia justas exigências e insistia em aplicar
à vida os eternos princípios de DEUS. O profeta era um ensinador de
ética, um reformador moral e um inquietador da consciência humana. Desmascarava
o pecado e a apostasia, procurando sempre despertar o povo a um viver
realmente SANTO.
A MENSAGEM DOS PROFETAS DO ANTIGO TESTAMENTO.
A mensagem dos profetas enfatiza três temas principais: (1) A
natureza de DEUS. (a) Declaravam ser DEUS o Criador e Soberano onipotente
do universo (e.g., 40.28), e o Senhor da história, pois leva os eventos a
servirem aos seus supremos propósitos de salvação e juízo (cf. Is 44.28; 45.1;
Am 5.27; Hc 1.6). (b) Enfatizavam que DEUS é SANTO reto e justo, e não
pode tolerar o pecado, iniquidade e injustiça. Mas a sua santidade é temperada
pela misericórdia. Ele é paciente e tardio em manifestar a sua ira. Sendo DEUS
SANTO, em sua natureza, requer que seu povo seja consagrado e SANTO ao
SENHOR (Zc 14.20; cf. Is 29.22-24; Jr 2.3). Como o DEUS que faz concerto, que
entrou num relacionamento exclusivo com Israel, requer que seu povo obedeça aos
seus mandamentos, como parte de um compromisso de relacionamento mútuo.
(2) O pecado e o arrependimento. Os profetas do AT compartilhavam da tristeza
de DEUS diante da contínua desobediência, infidelidade, idolatria e imoralidade
de seu povo segundo o concerto. E falavam palavras severas de justo juízo
contra os transgressores. A mensagem dos profetas era idêntica a de João
Batista e de CRISTO: “arrependei-vos, senão igualmente perecereis”.
Prediziam juízos catastróficos, tal como a destruição de
Samaria, pela Assíria (e.g. Os 5.8-12; 9.3-7; 10.6-15), e a de Jerusalém por
Babilônia (e.g., Jr 19.7-15; 32.28-36; Ez 5.5-12; 21.2, 24-27). (3) Predição
e esperança messiânica. (a) Embora o povo tenha sido globalmente infiel a
DEUS e aos seus votos, segundo o concerto, os profetas jamais deixaram de
enunciar-lhe mensagens de esperança. Sabiam que DEUS cumpriria os ditames do
concerto e as promessas feitas a Abraão através de um remanescente. No fim,
viria o Messias, e através dEle, DEUS haveria de ofertar a salvação a todos
os povos. (b) Os profetas colocavam-se entre o colapso espiritual de sua
geração e a esperança da era messiânica. Eles tinham de falar a palavra de DEUS
a um povo obstinado, que, inexoravelmente rejeitavam a sua mensagem (cf.
Is 6.9-13). Os profetas eram tanto defensores do antigo concerto, quanto
precursores do novo. Viviam no presente, mas com a alma voltada para o
futuro.
OS FALSOS PROFETAS. Há numerosas referências no AT aos
falsos profetas. Por exemplo: quatrocentos falsos profetas foram reunidos pelo
rei Acabe (2Cr 18.4-7); um ESPÍRITO mentiroso achava-se na boca deles
(2Cr 18.18-22). Segundo o AT, o profeta era considerado falso (1) se desviasse
as pessoas do DEUS verdadeiro para alguma forma de idolatria (Dt 13.1-5); (2)
se praticasse adivinhação, astrologia, feitiçaria, bruxaria e coisas
semelhantes (ver Dt 18.10,11); (3) se suas profecias contrariassem as
Escrituras (Dt 13.1-5); (4) se não denunciasse os pecados do povo (Jr 23.9-18);
ou (5) se predissesse coisas específicas que não cumprissem (Dt
18.20-22). Note que os profetas, do novo concerto não falavam de modo
irrevogável e infalível como os profetas do AT, que eram a voz primacial de
DEUS no que dizia respeito a Israel. No NT, o profeta é apenas um dos
cinco dons ministeriais da igreja. Os profetas no NT tinham limitações que os
profetas do AT desconheciam (cf. 1Co 14.29-33), por causa da natureza
multifacetada e interdependente do ministério nos tempos do NT .
INTERAÇÃO
Sobre o chamado de Elias - como ele se deu (onde e quando)
- as Escrituras silenciam. Em contrapartida, a Bíblia mostra um Elias ousado,
temente a DEUS e pronto para realizar a vontade divina. Isso é fruto de uma
verdadeira vocação divina. O verdadeiro chamado nasce no coração. Ele arde como
chama interior. Porém, se desenvolve para muito além do recôndito da alma. O
chamado de DEUS na vida de uma pessoa também floresce publicamente. Vai além da
família e da igreja local. Esse chamado que inunda à alma, a igreja reconhece,
a liderança confirma e DEUS usa. Afinal de contas, qual é o seu chamado?
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Descrever a vocação e a chamada de Elias.
Compreender como se deu a atuação do profeta Elias.
Destacar o papel de Elias junto a monarquia e nas Escrituras.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para concluir a lição desta semana, sugerimos
uma atividade prática. Você vai precisar de papel ofício e caneta. Distribua-os
à classe. Em seguida solicite a cada aluno para que escreva o que mais gostam
de fazer na vida. Logo após, pergunte se o que apontaram tem haver com o
chamado pessoal de DEUS. Conclua a atividade explicando o quanto eles precisam
considerar o chamado do Eterno nas esferas de suas vidas. Afirme que tal
chamado pode ou não se dar na esfera eclesiástica, mas também na
"secular".